quarta-feira, 30 de novembro de 2011

LIBERDADE E RESPONSABILIDADE NA ADOLESCÊNCIA

A adolescência é o periodo de crescimento que geralmente começa pouco antes dos 13 anos, estendendo-se às vezes além dos 19 anos.

O adolescente tem muitas experiências novas enquanto explora o mundo à sua volta. Para a maioria dos jovens os anos da adolescência são felizes, emocionantes e despreocupados. O adolescente , porém, enfrenta alguns problemas sérios ao passar da infância para a idade adulta. Há outras grandes mudanças que igualmente o confundem.

O adolescente também luta para obter a independência, a liberdade e a responsabilidade de adulto. Em geral, isso leva-o a conflitos com os pais e consigo mesmo. Os adolescentes merecem liberdade, desde que com responsabilidade e limites... Prender não adianta nada, o melhor é estar ao lado e impor algumas regras, controlar de forma que se possa ter sossego e confiança no filho...

Os adolescentes necessitam de inflûência, paciência ,compreensão e orientação dos seus pais, necessitam que estes os lembrem das potenciais consequências dos seus comportamentos e que outros comportamentos podem ter para reduzir os riscos... mas também necessitam das quantidades apropriadas de independência.

Ser adolescente é a melhor coisa da vida, mais somente com responsábilidade é que da certe.

SER FELIZ

Ser feliz é encontrar força no perdão, esperanças nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros. É agradecer a Deus a cada minuto pelo milagre da vida.

Fernando Pessoa

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O computador de antigamente

Há muitos anos, ganhei meu primeiro computador. Eu era pré-adolescente e lembro que um amigo do meu irmão, mais velho, disse-me que eu iria apenas brincar nos joguinhos do computador, nada mais. Pensei, “cara besta, claro que não. Eu vou usar o computador, ora!” Mas, embora tenha aprendido uma ou duas coisas nesse período, eu não fiz nada além de me "divertir" com games. Naquela época, quando não existia Internet no Brasil, os garotos limitavam-se a jogar e brincar com uns softwares que alguém arrumava, distribuía, e que geralmente traduziam palavras do inglês para o português, ou faziam uma bolinha se mover na tela e mudar de cor, imitavam as notas musicais de um piano, jogo da forca (em inglês). Só isso... Daquele jeito, o computador não ensinava as crianças... e, embora eu tivesse tido um computador na minha época de escola, não posso dizer que fui educado com (ou pelo) computador.

Depois, a Internet comercial surgiu. E, creiam-me, o mundo mudou! Hoje, qualquer menino de 10 anos com acesso a Internet faz mais no computador em 6 meses do que eu o fiz nos meus primeiros 5 anos utilizando um PC. Alguns podem dizer que é porque o computador se popularizou, criaram-se softwares (educacionais, aliás), os pais ensinam os filhos. Concordo parcialmente. Se não fosse a Internet, o computador continuaria a funcionar como um videogame para as crianças, de modo geral. Seria mera diversão.

Mas o que as crianças fazem no computador hoje em dia? Bom, elas se divertem, é verdade, mas aprendendo. O computador passou a ser útil na alfabetização das pessoas (e, portanto, das crianças). E a indústria logo percebeu isso. Algumas das diferenças que destaco entre meu início com o computador e o início de uma criança hoje em dia:

* Social - O computador pode funcionar como elo de união entre pessoas, pais e filhos, por exemplo. O filho pode mostrar um site para o pai. O pai pode comprar um software que ensine francês para o filho dele (e acompanhar as aulas do menino). Juntos, eles podem participar do bolão virtual da copa do mundo, etc. Isso aconteceu porque hoje os pais sabem usar os computadores e os incorporaram à vida social da família. Além disso, ainda que algumas pessoas explorem o lado individualista da Internet e do computador, o que vejo é justamente o contrário. Alguém que gosta de cultivar amizades o fará ainda mais intensamente através da Internet. Ninguém jamais deixará de ter amigos e uma vida social (e de contato entre as pessoas) simplesmente porque "ficam" no computador. Aliás, muitos pais até preferem que os filhos fiquem navegando a ficarem na rua, longe de suas vistas (antes que você diga que na Internet eles também estão longe do controle dos pais, devo lembrá-los de que é possível controlar o acesso das crianças a sites indesejados, etc). O computador, segundo meu entendimento, pode aproximar as pessoas, em especial as que possuem interesses comuns. Penso, até, que ela pode potencializar as relações sociais, afinal, se quiser, posso arrumar nesse instante um amigo virtual que viva em Pequim, algo que seria impossível sem o computador.

* Educacional – É inegável a facilidade que o computador e a Web oferecem para o apoio educacional das crianças (pessoas de modo geral). Qualquer assunto que você queira estudar está na Internet, e são precisos apenas alguns conhecimentos simplórios para alcançar essa quantidade astronômica de informações, livros, mapas, museus virtuais, animações surpreendentes, imagens raras, bibliografias dos grandes (e dos pequenos) homens da História, etc. Pode-se, inclusive, fazer um curso de graduação reconhecido pelo MEC à distância. A Internet deve necessariamente ser usada pelos estudantes e pelos profissionais que querem se aprimorar em seus ofícios.

* Diversão - O computador continua sendo um instrumento de diversão tanto quanto você deseje. Ele pode funcionar como videogame, como cinema, telefone, rádio, jornal, televisão, ponto de encontro, diário, álbum de fotos, etc.

Portanto, acredito que muita coisa mudou com o surgimento da Internet. Conhecer este fundamental recurso que hoje temos disponível e obter o máximo proveito de sua utilização na nossa educação e de nossos filhos é nossa responsabilidade. Deixar de usá-lo por algum motivo (não gostar de computador, não querer usá-lo, por exemplo) pode fazer muita diferença no nosso desenvolvimento intelectual. É um acessório que veio para ficar (e para ajudar).

Torquato Neto

Torquato Neto está na moda. Bom, não sei dizer se ele saiu dela algum dia, mas, nesse momento, o poeta, compositor, jornalista e cineasta parece estar em todo lugar. Até um documentário sobre ele estão fazendo. Muito justo, aliás, porque sua obra é muito interessante e bela.

Torquatália – Do Lado de Dentro (Rocco, 368 páginas) e Torquatália – Geléia Geral (Rocco, 408 páginas), organizados por Paulo Roberto Pires, reúnem toda a obra conhecida desse sensacional personagem que se suicidou em 1972, aos 28 anos de idade, de uma vida agitada e com uma importante obra, sem nenhum livro publicado, porém.

Os livros contêm poemas, canções, roteiros, críticas musicais publicadas em jornais e alguns dos primeiros manifestos tropicalistas, do qual Torquato é sempre lembrado como um dos primeiros nomes a se manifestar.

Simplesmente imperdível!


Assumir um compromisso ou uma tarefa pretensiona, e deixar de cumpri-lo pode ser pior do que deixar suas limitações claras desde o início.
Toda vez que se desconcentrar, evite lutar contra si próprio. Se escapou da tarefa, reconheça o fato e dirija sua atenção novamente ao trabalho. No computador, desative a opção de ligar automaticamente programas como o MSN. Faça a tarefa e, quando tiver um tempo, fique uma meia hora batendo papo. então não deixe as coisas mais importantes para última hora, você acaba se prejudicando muito.Então nada melhor do que viver mais a vida e saber que sua vida e sua família não é somente a internet.de valor a sua vida e faça dela uma vida melhor.
DEPOIS EU FAÇO
Estudar ou ficar no MSN? Dar uma arrumada no quarto ou dormir mais 15 minutos? Talvez você não perceba, mas todo dia, a toda hora, temos que decidir o que fazer. Tirar o lixo para fora agora ou continuar vendo TV? Escrever de uma vez o trabalho final ou aproveitar o sol lá fora? Às vezes a decisão parece fácil, mas pode acabar em situações complicadas: dizer ao chefe que ainda não terminou o relatório ou inventar uma desculpa? Se na hora de decidir você costuma escolher a opção de deixar para depois, está entre os 95% das pessoas adeptas da procrastinação.
A palavra vem do latim procrastinare, que é a união do prefixo pro (encaminhar) e castinus (amanhã). Ou seja: enrolar. O Oxford Dictionary registra que ela teria sido publicada em inglês pela primeira vez por volta de 1548. O Brasil mal havia nascido e o termo já estava disseminado pelo mundo. Imagine a prática. Em Roma, Cícero já criticava Marco Antonio por gastar tempo em festas e deixar seu trabalho de imperador em segundo plano. Dizia: "In rebus gerendis tarditas et procrastinatio odiosa est". Algo como: "Na conduta de quase todo relacionamento, lerdeza e procrastinação são coisas odiosas".
Mas a procrastinação nunca foi tão presente na vida das pessoas quanto depois da invenção do computador - essa máquina de trabalho e estudo que também funciona como janela para o mundo e sala de bate-papo com os amigos. Os computadores de boa parte das empresas são controlados por proxys e firewalls, aplicativos que bloqueiam o acesso a determinados sites e ferramentas online. Em alguns ambientes de trabalho, até mesmo e-mails pessoais são proibidos, e há sistema de controle de acesso pelos quais os funcionários do departamento de tecnologia podem saber exatamente como e quando você usa a internet. Isso se eles não estiverem ocupados respondendo mensagens no orkut ou MSN, é claro.
Procrastinação é bem diferente de preguiça. Enquanto preguiça é evitar trabalho, a primeira é ter muita coisa para fazer e deixá-la para a última hora. "A procrastinação está relacionada a uma discrepância entre intenção de trabalhar e a ação real de trabalho", afirma Piers Steel, psicólogo da Universidade de Calgary, no Canadá, e autor de estudos sobre o assunto. "Procrastinadores têm uma intenção maior de trabalhar, mas só no começo do processo." Imagine uma linha com dois extremos de produtividade. De um lado, Macunaíma, o acomodado personagem de Mário de Andrade, e de outro o hiperativo Leonardo da Vinci. Seria bem mais fácil encontrar procrastinadores no lado renascentista. Aliás, ele próprio tinha um considerável portfólio de projetos deixados para depois e é reconhecido como um dos grandes enroladores da história. Diferentemente dos preguiçosos, os procrastinadores são viciados na sensação de prazo estourando. Deixam tudo para a última hora porque gostam da adrenalina da urgência. Como Rocky Balboa, só funcionam no último round.
Mas nem toda procrastinação acaba em vitória. Se os procrastinadores se defendem dizendo que curtem trabalhar sob pressão, os cientistas estão descobrindo que eles estão longe de se sentir felizes com esse hábito. Pesquisas indicam que 20% dos trabalhadores de escritório dos EUA sofrem patologicamente do problema. É o dobro do número de casos de depressão no mesmo ambiente. O psicólogo Piers Steel descobriu que a maioria dos enroladores convive mais com estresse, sentimento de culpa, baixa autoestima e arrependimento por não terem trabalhado antes. O problema também acontece na sala de aula. Segundo a psicóloga Patricia Sommers, da Universidade do Texas, nos EUA, mais de 70% dos estudantes americanos deixam trabalho para depois - e 20% fazem isso de forma preocupante.
O sentimento de culpa aparece porque, sem conseguir controlar o próprio tempo, os procrastinadores sentem que o dia passa sem que tenham produzido o mínimo necessário. Assim, criam um caos pessoal que acaba em sentimentos depreciativos. Há casos de gente que se endivida por perder prazos de pagamentos, que fica desempregada ou passa por crises de autoestima. Estudos da pesquisadora Fuschia Sirois vão ainda mais longe. Para ela, a procrastinação é um caso de saúde pública. Ela descobriu que aquele costume de deixar a ida ao médico para depois ou postergar a matrícula na academia causa problemas de saúde definitivos. Analisando 254 adultos, ela descobriu que os enroladores sofrem mais de estresse e até de resfriado. Pior: não verificam equipamentos de segurança em sua casa, automóveis e ambientes de trabalho, causando problemas para a família. (Desconheço a autoria).